Apesar de não ser uma doença nova, a Raiva ainda gera muitas dúvidas, principalmente para quem está começando agora a criar um pet. Se você é uma destas pessoas, este artigo foi escrito para você.
Aqui você encontrará um resumo objetivo com as principais informações sobre essa doença e como proteger seu pet e sua família dela.
Mas o que é a raiva?
Esta doença é uma infecção viral que acomete os mamíferos, incluindo o homem. Sua letalidade é de cerca de 100% e causa uma encefalite progressiva e aguda.
A prevenção é a forma mais efetiva de combater a doença, através da vacinação animal. Há ainda o soro antirrábico, disponibilidade para os humanos.
Problema de saúde pública.
A raiva tem grande relevância na saúde pública. Sua transmissão ocorre de animais para humanos, sendo mortal para ambos.
O vírus fica na saliva do animal infectado, sendo transmitido quando há contato com a pele ou mucosa, seja por mordida, lambida ou arranhões.
Ciclos variados de transmissão.
A raiva pode ser transmitida por animais domésticos (cães e gatos), animais considerados de produção (porcos, cabras e bovinos) e ainda por animais silvestres (raposas, guaxinins e principalmente morcegos).
Atenção aos sinais.
É importante que o tutor esteja atento aos sinais que podem indicar a presença da doença no animal.
- Alterações no comportamento
- Dificuldade para engolir os alimentos e até mesmo água
- Aumento da salivação
- Patas traseiras paralisadas
- Mudanças nos hábitos alimentares
Uma curiosidade é que os cães portadores da doença mudam o seu latido. Ele fica diferente do habitual, ficando parecido muito mais com um ruído de uivo rouco.
Os morcegos também ficam diferentes. Quando estão com a doença eles podem mudar de hábitos, sendo um destaque por serem encontrados em locais e horários diferentes dos habituais, de dia por exemplo.
Nos humanos, também há alterações de hábitos, sensibilidade e até alucinações. Após ser detectada, em cerca de 3 dias a doença já evolui rapidamente, precisando urgente de intervenção médica.
Foi mordido por um animal, o que fazer?
Mesmo que você saiba que o animal está vacinado contra a raiva, é importante seguir algumas orientações, caso haja um incidente deste tipo.
- O ferimento deve ser imediatamente lavado
- O posto de saúde mais próximo deve ser procurado
- O animal que provocou a mordedura deve ser mantido em observação por 10 dias
- Mantenha o animal seguro, para que ele não ataque outros animais, mantendo inclusive sua alimentação e hidratação como habitual
- Observar alterações no comportamento do animal durante este período
Como confirma o diagnóstico?
Mesmo que alguns desses sintomas apareçam, é necessário um exame clínico, através de imunofluorescência direta, para que haja a confirmação diagnóstica de forma precisa.
Esse exame deve ser realizado com o infectado ainda em vida, porém, com o óbito do transmissor, uma autópsia deve ser realizada para que haja efetivamente a confirmação diagnóstica.
Existe tratamento?
A melhor forma de tratar é a prevenção. Esta doença é quase sempre fatal, seja para transmissor, seja pra infectado.
Há a possibilidade de tratar o humano através da indução do coma profundo, utilização de antivirais e medicamentos específicos.
Ainda assim, não é possível garantir que o indivíduo permaneça vivo, mesmo com todo o esforço e tratamento efetivo.
Vacinação é imprescindível.
As secretarias de saúde de cada estado ou cidade, segue protocolo do Ministério de Saúde e são responsáveis por distribuir e realizar a vacinação profilática contra a doença.
Além disso, é de responsabilidade dos profissionais de saúde envolvidos, promover a orientação e divulgação de informações relevantes à doença, com o intuito de deixar a população ciente dos perigos e das formas corretas de prevenir a doença.